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Castigo Chaúque foi o primeiro produtor de Tsetsera, na Localidade de Mupandeia, no distrito de Sussundenga, Zona Tampão do Parque Nacional de Chimanimani, a receber as primeiras 100 mudas plantadas naquela região em Fevereiro de 2020. Aceitou receber o campo de demonstração e experimental para aferir a adaptação do café arábica naquela região produzido em sistema orgânico. Das 100 primeiras plantas perdeu 30, devido a várias complicações, desde ciclones, pragas e doenças. As 70 plantas que restaram produziram em 2022 um total de 13 kg de café, seco naturalmente. As variedades plantadas foram Costa Rica e Catmor 129. A produção mostra que a cultura de café é promissora em Tsetsera.
Em entre 2021 a 2022, Castigo Chaúque plantou 3,333 mudas de café, numa área de 1 hectare. Animados com a experiência mais 330 camponeses da região de Castigo Chaúque também receberam mudas de café.
A pai de Castigo Chaúque instalou-se em Tsetsera nos anos 60, quando foi contratado para trabalhar numa propriedade colonial que produzia leite, gado bovino e batata-reno no monte Tsetsera o segundo mais alto da cordilheira de Chimanimani depois do monte Binga o mais alto do país. Durante a guerra civil Castigo Chaúque e sua família refugiou-se no Zimbábwè onde trabalhou nas formas de café. Regressado a Moçambique continoou a dedicar-se a agricultura e pecuária, e só em 2020 soube que podia também produzir café tal como os seus antigos patrões zimbabweanos. Assim vê uma excelente oportunidade para si e seus filhos mudarem de vida e adaptarem-se aos efeitos das mudanças climáticas plantando café, fruteiras e recuperando espécies florestais que cortaram para poder fazer a agricultura.
Para além de café, Castigo Chaúque produz repolho, milho e feijão dentro dos campos de café, mas também produz batata-reno, beterraba, gengibre, tomate, banana, entre outros produtos. Mas é com café que espera ver a sua vida a melhorar.
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